Rhosgobel, Lar de Radagast

Assunto: Re: Rhosgobel, Lar de Radagast Seg 14 Fev 2011, 4:37 pm

"The fenced home of Radagast the Brown on the western edge of the Mirkwood. Evidence for its location is open to interpretation, but it seems to have stood in the southern part of the Forest, just one hundred miles north from Sauron's fortress of Dol Guldur."

A morada cercada de Radagast, o Castanho na borda ocidental da Floresta das Trevas. Sua localização não é muito conhecida por elfos, homens e anões, e totalmente desconhecida pelo Inimigo. Mas parece que ela se encontra na parte sul, a cem milhares ao norte da Fortaleza de Sauron, Dol Guldur.

Sua altiva torre de pedra, foi construída pelo que dizem as lendas pelos elfos de Lórien, pela admiração de Celeborn a bravura e honestidade do mago, cercada por uma baixa muralha de pedra, com raízes de árvores as prendendo, ao redor do enorme círculo paira uma densa floresta, de árvores que há muito lá crescem. Homens evitam este lugar por temer aquelas árvores, pois huorns e até mesmo os Pastores das Árvores lá vivem. Muitos animais selvagens e perdidos lá encontraram moradia e vivem em bem aventurança, vários são fugitivos de Mirkwood devido a sombra de Dol Guldur. E no topo da torre era possível ver os picos das montanhas, de onde águias vigiavam a torre, amigas do Mago. No centro da floresta, uma altiva e colossal árvore do mundo antigo se erguia.

Assunto: Re: Rhosgobel, Lar de Radagast Qui 24 Fev 2011, 9:52 pm

Ela caminhou até sentir-se cansada, e parou apoiando-se em uma pedra grande, a floresta ainda estava a volta e querendo ou não elas eram lugares melhores para se passar a noite do que ao relento, andou até achar uma clareira bem pequena parecida com o aquela onde estava antes, depositou seus pertences no chão indo primeiramente preparar outra fogueira o que foi um pouco mais difícil que a anterior o lugar parecia mais úmido, colocou o arco apoiado contra o tronco de uma arvore pouco atrás dela, estendeu um cobertor no chão e caminhou para perto da fogueira pequena que já quase se apagava de novo com o vento fraco que entrava ali, era um calmo fim de dia e dali por entre algumas arvores podia assistir o sol se por lançando seus últimos raios vermelhos, logo que a noite chegava o céu se tornava nublado e o vento aumentou soprando folhas as fazendo cair de seus ramos ainda verdes e esparramava folhas secas no chão, mirou o céu quem sabe chovesse fazia dias que não caia uma gota, depois deu de ombros para essa idéia e deitou sobre o cobertor que havia estendido no chão usando as mãos de apoio para a cabeça ficou observando o céu, não queria ficar martelando aquilo mas realmente agora estava sozinha olhando um pouco de lado além de onde a fogueira queimava fracamente não havia nada, Brado que era sua única companhia de viagem não estava mais ali agora seguia sozinha, embora nunca pusesse falar sempre considerou o cavalo o companheiro de viagem e que lhe ajudara muitas vezes, era estranho ficar somente ela agora, tanto que havia adquirido o habito de falar sozinha as vezes por ter a necessidade de conversar com alguém, suspirou voltando sua atenção para o céu tão distante e incançável, era mais um dia que havia passado até tranquilo, poderia dizer até que foi um bom mas longo dia, agora ela apenas teria de saber o de que estava para vir com o dia seguinte.

Assunto: Re: Rhosgobel, Lar de Radagast Seg 28 Fev 2011, 5:01 pm

POST DO MESTRE

A noite passava rápida, silenciosa e escura. No norte, ao menos suponha-se, uma nuvem negra que lembrava terror e desgraça se misturava ao céu escuro daquela noite.
Cerca de meia-noite um barulho de folhas se arrastando fora alto o suficiente para chamar a atenção de qualquer um, até mesmo orc, até mesmo a metros de distância da árvore mais próxima. Qualquer coisa que fosse, não devia ser nada de mais, pois o silêncio absoluto se seguiu e não foi interrompido, além disso até mesmo os olhos dos primogênitos diriam que estava tudo imóvel. Então a noite continuou, e a lua seguiu seu trajeto para dar de encontro ao sol.
Não mais que duas da manhã e um som quase imperceptível - porém perto - pode despertar Aerin. Sem mais um milésimo de segundo, uma coisa fria tocou o pálido rosto da jovem que se embrulhava num cobertor, que concerteza a fez acordar. A primeira imagem que se teve fora de uma figura negra segurando uma lança, mas a figura não se mechia. Na altura da noite o vento já havia feito seu trabalho de apagar as poucas chamas que Aerin conseguira acender.

O mais estranho de tudo era que a figura não se mechia, e ficou ali parada por vários segundos. Sua posição bloqueara o vento, e algumas faíscas do fogo começaram a ascender novamente a fogueira, finalmente revelando a identidade do sujeito que surpreendera a jovem perdida: era um elfo do povo das árvores, de cabelos cinzentos, uma face velha, forte, de uma barba tão curta quanto a de uma criança de dez anos e super bem trajado. O elfo falou com uma voz que parecia um sussurro bem distante, quase inaudível, que se deixava levar pelo vento. Sua voz não deixou sua primeira-impreensão uma das melhoras.

Você faz muito barulho, incomoda as árvores em paz! Quem és e de onde vem?

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A figura continuou ali, de pé quase em cima da jovem. Embora não se identificasse, com um rosto daqueles para um elfo era tanto único quanto cada um dos valar. De repente um vento soprou mais forte, e algumas folhas arrastadas das árvores bateram nas costas do elfo, que não se importou nem com um coelho que passara perto deles abrindo caminho entre as gramas ruidosamente.

Assunto: Re: Rhosgobel, Lar de Radagast Ter 01 Mar 2011, 9:37 pm

Durante a profunda noite que caía na região norte de Endor, no silêncio e escuridão da vida que dormia, cascos eram ouvidos, juntamente com um farfalhar de asas. Eram vultos escuros e cinzentos, elfos, homens, seguidos por lobos, corvos voavam acima deles, e a frente vinham os cavalos mais velozes, de um homem idoso, de cajado e barba, glorioso e majestoso deveria ser entre os povos da floresta e montanhas. Não muito adiante, pararam com seus cavalos, e dos céus escuros veio um enorme vulto para próximo aos mesmos, que pousou como uma gloriosa estátua por sobre uma rocha enorme, suas asas poderosas se fecharam e o senhor idoso de capuz castanho falou em tom alto:

- Tome mais cuidado Landroval, pois em suas descidas do céu, homens podem tentar disparar flechas contra ti. Agora me diga, quais as novas para que nós mereçamos boas-vindas?

A águia abriu os olhos pálidos, olhando o mago nitidamente na noite escura, com sua voz jovial e bondosa respondeu:

- Saudações Aiwendil, há um ser humano com seu cavalo mais adiante próximo de Rhosgobel, perto do rio. Cuidado, talvez seja perigosa.

O mago por um momento profundo pensou sobre o que dizia, ouvindo as palavras da águia, ele respondeu:

- Pois volte a Rhosgobel e mantenha a vigilância, nós iremos até lá investigar.

A Águia soltou um forte urro em resposta que preencheu a noite, e então ergueu vôo sumindo nos céus, o Castanho bateu com as pernas nos estribos do cavalo o fazendo seguir veloz adiante, seguido por seus companheiros e seguidores, eles foram. Subiram colinas, passaram por árvores, córregos, campos floridos e na escuridão os lobos farejaram a jovem. Nisso o mago então mandou eles para irem investiga-la e assim foram, Maugrim, Naugrim e Nurgrim, dois lobos cinzentos enormes e o grande lobo negro com as costas manchadas em prateado. E assim foram em passos lentos e línguas balançando para fora, seus olhos aguçados e mentes preparadas mantinha a vigilância. E logo avistaram, um cavalo marrom cochilando e próximo dele uma jovem humana, próximos a eles também avistaram um ser altivo e belo, em cima de um cavalo ou próximo, mas eles não estavam ali pra julgar quem eram, ou oque eram, mas sim para conseguirem informações, e Maugrim tomou a frente, sendo o maior e mais velho, rosnou fortemente até a jovem despertar e falando em voz fria e rosnados disse:

- Quem são vocês e o que queres nas terras de Radagast, O Mago?!

E continuou rosnando para a mesma e seu cavalo, enquanto Naugrim e Nurgrim estavam abaixados e escondidos na noite, diante disso, o mago estava distante, aguardando notícias, e Carc, Röac sobrevoavam o local para levar-lhe notícias.

Assunto: Re: Rhosgobel, Lar de Radagast Sex 04 Mar 2011, 8:39 pm

Era estranho, que sempre quando adormecia caia em noites sem sonhos, apenas escuridão até que viesse a abrir os olhos pela manhã, mas ainda faltavam algumas horas para o sol começar a surgir no céu quando o som baixo e continuo a despertou de vagar no escuro do subconsciente e levantou quase que de imediato sentando-se no cobertor quando percebeu algo tocar seu rosto levou a mão até o local para ver se havia algo, teria pensado primeiramente em algum animal, mas não teve tempo para isso ao ver uma silhueta escura parada bem próxima, piscou algumas vezes mais para afastar vestígios de sono e poder focar melhor não tendo muito sucesso até que as brasas do que restava da fogueira se ascendessem um pouco lhe proporcionando um pouco de luz, e mesmo assim Aerin não disse nada até que o elfo falasse, seguindo com os olhos o coelho que passou e voutou a mirar o elfo ouvir o que ele terminava de falar.

-Barulho?...Aerin é o meu nome se é o que deseja saber, mas eu não estava fazendo barulho...

“Será que ...Céus, ele viu hora que eu atirei as flecha contra a arvore, ou ela contou pra ele agora estão furiosos, mas pensei que tinha andado pra bem longe lá...agora acham que eu mereço um castigo, Aerin você só faz as coisas de forma errada, sempre...”

Os pensamentos negativos foram a mil em alguns segundos, mas balançou a cabeça levemente colocando a mão apoiada não chão para levantar enquanto dava um passo atrás pretendendo se afastar disfarçadamente, e dizia tentando parecer mais educada com as palavras.
-Senhor me perdoe, quanto a arvore...penso que realmente cometi um erro terrível, se houver um modo de me redimir...
Teria continuado afastando-se se não tivesse ouvido o rosnado vindo de outra direção e por um instante desviou os olhos do elfo para ver um lobo, muito maior do que qualquer um que já tivesse visto antes.

“Lobos? Realmente essa não é uma noite tranquila...”

Pensava agora sem ter muitas respostas em mente até ouvir a palavra “mago”, céus com tantos lugares para ter ido tinha de ter vindo parar nas terras de um mago, e ainda por cima ficar atirando flechas nas arvores dele, ou seriam do elfo, isso não tinha certeza, mordeu o lábio como se procurasse pensar em algo coerente, mas não era muito boa com explicações.

-Eu não quero nada, nem sabia que essas terras eram dele....e oh foi até bom me acordar senhor...senhor...

Dizia depois voltando-se ao elfo enquanto procurava recolher o cobertor do chão.

-Já estou indo embora, não quero incomodar mais, já estou saindo...vou ir embora bem rápido...podem ficar tranquilos.

Assunto: Re: Rhosgobel, Lar de Radagast Sex 04 Mar 2011, 11:13 pm

Ouvindo as palavras da jovem menina e vendo que recuava, Maugrim não acreditou em qualquer palavra dita pela mesma, rosnando de forma terrível, fazendo Naugrim e Nurgrim sair dos esconderijos em meio as plantas, grandes lobos cinzentos eram, menores que Maugrim, estes cercaram mais duas direções, rosnando e latindo para a menina, já o lobo negro latiu mais alto:

- Mentirosa! Encontramos espiãs e espiões muitas vezes nestes bosques! E muitos fogem de nossas redes.

Já os corvos deixaram o lugar para irem até onde o mago estava, lhe levando as notícias de que também havia um elfo ali, diante disso, ele bateu nos estribos do cavalo e seguiram então em frente.

Agora o lobo negro, já se aproximava para atacar a jovem, por suspeitar que fosse espiã; quando rosnando se aproximou, uma voz gutural de outro animal veio da escuridão, fazendo o mesmo recuar, se aproximando e saindo da penumbra, veio Radagast, o mago montado em seu cavalo, Revgil, acompanhado por seus amigos fiéis, Carc, o grande corvo velho em seu ombro, olhou então a jovem lhe respondendo em voz gentil e bondosa:

- Peço que perdoe Maugrim e os demais, lobos aqui são desconfiados ou malévolos, e melhor é encontrar um desconfiado do que um malévolo das montanhas, ou de Dol Guldur. É tarde e perigoso demais para uma jovem moça dormir ao relento nessas regiões, embora não sejam tão perigosas como dez anos atrás, ainda sim há perigo, pois não muito longe daqui esta a torre do Necromante. Pois junte suas coisas, levaremos você há um lugar quente e seguro.

Seu olhar era gentil como suas palavras generosas e afetuosas, segurava levianamente em seu cajado e aguardou a jovem menina responder e se preparar para tal coisa.

Assunto: Re: Rhosgobel, Lar de Radagast Dom 06 Mar 2011, 12:27 am

Vendo que a situação poderia apenas se complicar mais ela deixou o cobertor de lado e com o olhar rápido a procura de algo para defender-se já que não poderia ir pegar o arco que estava um pouco longe apanhou um pedaço de madeira que estava caído no chão quase encoberto pelas folhas do solo, possivelmente parte de um galho, mas que supôs ser forte o suficiente.

-Quem é você para julgar a mim, lobo?

Disse entre dentes ficando em posição de se defender assim que ele partisse para o ataque, mesmo que obviamente seria um tanto inútil, mesmo assim continuou mantendo o pedaço de madeira firmemente, segurando com ambas as mãos, não entregaria os pontos sem ao menos tentar se defender, nem ficaria parada esperando eu ele pulasse sobre ela, mas não houve ataque, somente uma voz desconhecida que veio de dentro das arvores para logo depois sair de lá um senhor sob um cavalo e acompanhado de corvos, sem que ele precisasse dizer precisamente Aerin pode ter uma idéia de que seria o mago daquelas terras, apenas quando os lobos se afastaram é que ela baixou a guarda de novo para ouvi-lo falar.

-Muito desconfiados...

Disse olhando de soslaio para os lobos, depois voltou-se ao mago.

-Está me oferecendo auxílio embora eu tenha adentrado esses domínios sem permissão ou aviso...?

Parecia pensativa de fato não estava sendo uma das melhores noites embora o dia tivesse passado sem acontecimentos, fora os que ela mesmo causara, talvez tivesse culpa nos de agora também, então não se sentia no direito de aceitar, mas as vezes ia contra si mesma nas decisões, deixou o pedaço de madeira de lado indo de volta para perto da fogueira apanhando aquela pousa no chão, a única coisa que precisaria guardar era o cobertor, assim bateu as mãos nele retirando as folhas grudadas e o colocou dentro da bolsa que logo foi para o ombro junto do arco, então andou parando pouco diante do mago.

-Se assim está bem...?

Assunto: Re: Rhosgobel, Lar de Radagast Seg 07 Mar 2011, 11:03 pm

O mago assentiu com a cabeça diante das palavras ditas pela jovem menina, e antes de partirem ele respondeu com sua voz doce e generosa:

- Eu sou Radagast, o mago. O lobo negro é Maugrim, os cinzentos são Naugrim, e Nurgrim, e este belo passáro em meu ombro é Carc, é um corvo daqueles falantes, com um pouco de magia achará você e seu povo. Meus companheiros eu lhe apresento quando chegarmos em minha casa, Rhosgobel, mas vamos, pois já é tarde.

Antes de partir fez uma reverência ao elfo cavaleiro errante, e assim seguiram o rumo para o lar do Castanho.

Assunto: Re: Rhosgobel, Lar de Radagast Qui 10 Mar 2011, 2:09 pm

-Muito prazer senhor Radagast.

Disse formando um sorriso e segurando a alça da bolsa, enquanto desviava os olhos para o corvo.

-E este seu amigo Carc... ele seria desconfiado como seus amigos lobos?

Perguntou sem esperar devidamente uma resposta, sorriu de canto começando a andar e parou depois de dois ou três passos olhando por cima do ombro onde vira o elfo, acenou levemente com as costas das mãos.

-Está vendo já estou indo, não vou mais incomodar suas arvores...

Disse singelamente, mesmo que aquilo não fosse o jeito mais certo de se despedir de alguém, mas não era das mais refinadas em modos, e não se poderia ter muitas expectativas em compará-la a uma dama, já que quase sempre fugia das aulas de etiquetas e modos que achava cheios de frescura de seus pais, principalmente da mãe, então olhou para frente de novo vendo que o mago já seguia adiante apressou o passo quase uma corrida para alcançá-lo e andar ao lado dele acompanhando-os.

-Não sei se ouviu antes...bom meu nome é Aerin se estiver interessado em saber...

Apresentou-se informalmente olhando para frente, mesmo que nada lhe tivesse sido perguntado, achava até que estava falando demais, talvez fosse porque tinha ficado tempo demais sem falar com ninguém, mas iria se segurar, então fechou a boca iria direcionar a atenção em se focar no caminho que percorriam.

Assunto: Re: Rhosgobel, Lar de Radagast Qui 10 Mar 2011, 4:06 pm

Seguiram então o caminho até Rhosgobel, naquela noite fria e tranqüila dos campos da região, ao chegarem próximo da região da torre, a jovem pode vê-la exatamente como era, uma enorme torre escura feita de pedra, erguida em meio a altas muralhas de rocha com raízes de árvores, plantas, flores incrustadas, ao redor da região da morada do mago, tinha vastos bosques verdes, e campos belos, repletos do som de muitos animais.

Os portões feitos de madeira grossa, e deliberadamente entalhada se abriram sozinhos, e os cavaleiros com seus animais entraram para adentro, lá a jovem pode ver, árvores altas, com raízes antigas e copas majestosas, vastos campos de flores, plantas estranhas, sombras de animais, passáros também ali viviam, em seus ninhos, corvos, merros, tordos, corvos do povo dos crebain da terra parda, lobos das montanhas nebulosas, cachorros da terra dos cavaleiros de Rohan, ursos da Carrocha, em meio a aquela pequena floresta vivia até mesmo um velho ent, com huorns jovens, fora que também existiam águias que passavam um tempo em Rhosgobel, em ninhos no topo da torre.

Havia um caminho de pedra entalhado do portão até a escadaria da torre que levava a uma de suas portas principais, lá o mago e seus companheiros desceram dos cavalos e os corvos que voavam, os lobos se aproximaram, com sua voz calma e gentil o mago começou a apresentar os demais:

- Estes são Hunnic, Uldin e Rethriani.

O primeiro fez a reverência, era um homem austero, forte, trazia consigo um machado enorme em mãos, e uma espada larga em sua cintura, com longos cabelos castanhos escuros, olhar duro, elmo na cabeça, pertencia ao povo de Rohan pelo que parecia, os parentes antigos dos Éothed, era Hunnic. O outro era mais baixo, de tronco largo, tinha barba escura, olhos escuros como sua barba e frio, trazia consigo duas espadas na bainha das cinturas, e um elmo grande e pesado, assim como sua malha de ferro grosso, este era Uldin; o outro era velho, vestia-se em castanhos-escuro, vinho e detalhes dourados, era idoso demais, sua barba era muito longa, seu olhar cansado, mas gentil, trazia consigo uma cimitarra, e um cajado fino de madeira finamente cuidado, com uma pedra vermelha-escura na ponta, era Rethriani, parecia ser de raça similar a Radagast, embora fosse um homem que havia aprendido grandes artes no leste, sul e com o Castanho. Descendente do povo dos homens da floresta, que vivem hoje em Esgaroth. O Mago se aproximou dos outros três companheiros élficos e os apresentou com voz gentil novamente:

- Já estes são Eluréd, Elurín de Doriath. E Bëren de Brithombar.

Os gêmeos élficos eram similares em tudo, em beleza, fala, olhar e semblantes, embora os cabelos de um fossem compridos negros e lustrosos, e do outro eram longos castanhos como mel, finos e delicados, e os olhos de ambos eram claros em seu tom castanho jovial, com a luz antiga do reino perdido do Norte, ainda posta no mesmo, embora tenham sido fruto de um triste fratricídio, estes eram mestres do arco e da flecha, embora lutassem em magnificência com lanças e sabres élficos, já Bëren tinha cabelos bem curtos, por ser do povo élfico, possuía feições belas e angulosas. Seus cabelos eram de um tom castanho-avermelhado, que caíam por trás de suas orelhas pontudas em uma cascata lustrosa. Sobrancelhas escuras e oblíquas repousavam acima de seus vivos olhos castanhos, que brilhavam com uma força instigante à cada sorriso que dava, sorriso de garoto, que não fora abalado pelo tempo e pelo duro sofrimento que passara na vida. Sua estatura era de 1, 82 m, e seu corpo era esguio, porém forte, como um florete. Era um elfo ágil, de movimentos rápidos e habilidosos, e de um ligeiro raciocínio, o que lhe proporcionava uma grande vantagem nas batalhas, onde muitos só dispunham de força bruta. Costumava trajar roupas simples e leves sob uma quente e confortável capa de viajem. Uma espada pressionava a lateral de seu corpo. O botão da espada era azul e tinha a forma de uma pequena esfera, com as laterais cortadas, e tinha um rubi do tamanho de um pequeno ovo. O punho era envolvido por um fio prateado, polido até que brilhasse como uma estrela. A bainha era lisa como o vidro, e adornada unicamente por poucas runas entalhadas nela. A espada possuía uma lâmina lisa que refletia todas as cores do arco-íris. As laterais afiadas se curvavam graciosamente até formarem uma ponta, e uma duplicata das runas estava inscrita no metal. Um ar poderoso pairava sobre ela, como se uma força que não pudesse ser detida resistisse em seu âmago. Ela fora criada para as convulsões violentas da batalha, para tirar vida de pessoas, porém também contava com uma beleza incrível. Os métodos de forjamento das espadas eram mantidos em segredo pelos elfos de sua terra. Portanto, as espadas deles eram eternamente afiadas e nunca enferrujavam, embora havia vivido grande parte de sua vida em Brithombar, viveu em bem-aventurança na antiga Doriath com a majestade Thingol e da Rainha Melian, seus tios, tinha grandes honrarias reais pois era filho de Elmo, irmão mais novo de Elu Thingol e Olwë. Este havia vivido em grande glória com o povo de Lenwë em Endor, e com Avaris em tribos antigas no distante leste, no que hoje havia se fechado em Dorwinion. Em suas costas pendia um poderoso arco, oposto a uma aljava cheia de flechas guarnecidas com pensas de cisnes. Vivia sozinho desde que saíra de Du Weldenvarden (Hoje Dorwinion), embrenhado na floresta Chet do Eriador, ao lado da aldeia Archet, de onde os elfos-verdes de Ossiriand haviam vindo, mais ao leste da futura Bri, onde passou a maior parte do tempo. Ia à Bri somente nas horas vagas para encontrar aos amigos ou para comprar alguns mantimentos de que tivesse necessidade. Em suas andanças após a Grande Batalha da Ira, e muitos anos após os Dias de Númenor e Elendil de Fornost, quando os alvos barcos do Oeste haviam voltado, ele conheceu Radagast, o mago, e os dois logo desenvolveram grande amizade, muito um aprendeu com o outro sobre muitos assuntos, lendas, histórias, algo que fez criarem grande vínculo. O restante de seu tempo ocupava praticando esgrima, treinando sua pontaria com o arco, treinando magia, ou até lendo um livro para aumentar seus conhecimentos. Era um elementar, como muitos dos elfos das terras de Cá, tendo domínio sobre os quatro elementos da natureza: a água, a terra, o ar e o fogo. Por viver sozinho, era uma pessoa bastante fechada em relação à seus sentimentos. Seu único e maior companheiro era Uther, um cavalo de batalha baio, que crescera com ele. Juntos, viveram grandes aventuras pelo mundo afora, até chegarem à vila de Bri. Bëren resolveu ser ali o lugar mais adequado para viver durante algum tempo, e, em seguida, comprara uma casa na floresta, conhecida pelos homens como Barad-Orne, ou Fosso dos Ossos, pois gostava do contato com a natureza. Embora hoje em dia habita em Rhosgobel, e passara da noite para o dia, de uma vida pacata, fora lançado para um arriscado novo mundo, movido pelas tramas do destino, da magia e do poder. E então passou a viver a cada dia em busca desta sedutora volúvel, a aventura. Os corvos negros se aproximaram, enormes, Carc, o maior e mais velho, e Röac e Rüac, e os lobos dois cinzentos, Naugrim e Nurgeim e o grande lobo negro, Maugrim.

O mago sorriu falando em tom calmo e generoso:

- Logo conhecerá Saeros, Fíriel e Finrod. Enfim, é tarde... Eluréd, a levará para sua acomodação e boa noite.

Caminhou então rumo a torre, onde seguiu pela porta até seu quarto, com um saco enorme de pano, já os outros continuaram descarregando os cavalos, e Eluréd acompanhou a jovem após a mesma se preparar até seu quarto no lado oeste da torre, era um quarto amigável, com uma bela vista pra floresta de Mirkwood, tinha uma cama confortável, uma mesinha de parede, com uma cadeira acolchoada, um armário para vestimentas serem guardadas e papéis, como pena e caneta para escreverem.

O elfo fez uma reverência e partiu para sua acomodação, deixando a jovem descansar.

Assunto: Chegada a Rhosgobel Qui 10 Mar 2011, 10:13 pm

*Legolas retornava para casa após longa viagem com seu grande amigo Gimli, era tarde da noite quando ele chegou próximo a Rhosgobel, lar de Radagast o castanho. Legolas viajava em seu belo corcel élfico (Arod era seu nome) a certa distância das bordas de Mirkwood, o céu estava estrelado, e com um refrescante brisa.
Apesr disso, ele viajava com cautela, pois aquela região era habitada por várias criaturas hostis.
Após muito viajar, Legolas viu o que mais desejava ver a muito tempo, a imponente torre de pedra de Rhosgobel. Legolas sentiu uma felicidade enorme apenas em imaginar um reencontro com seu velho amigo, que muitas vezes o ajudara com sábios conselhos.
Era tarde e Legolas tentou não fazer muito barulho pois poderia incomodar os elfos e animais que ali habitavam.
Ao se aproximar Legolas desmontou de seu corcel, e caminhou até o portão de Rhosgobel. O portão era feito de uma madeira escura, forte, antiga e coberta por plantas.
Legolas então bateu no portão de Radagast. Esperando que o mesmo o atendesse.*

Assunto: Re: Rhosgobel, Lar de Radagast Sex 11 Mar 2011, 6:10 pm

Ao ouvirem o som ao portão, Eluréd e Elurín subiram imediatamente nas muralhas para ver quem era, o corcel élfico logo denunciou um companheiro quendi, mas os mesmo reconheceram imediatamente o parente distante, Legolas Greenleaf, filho de Thranduil, neto de Orophír. Os mesmo gritaram imediatamente para os animais avisarem o mago e as ordens para o portão ser aberto por Hunnic:

- Aiya! Legolas Greenleaf esta em nossa soleira! Abram o portão!

Estes se abriram não muito após a ordem, e Hunnic puxou a alavanca que destravou os portões que se abriram pelos mecanismos da torre, com isso, o elfo pode adentrar e os gêmeos filhos de Dior, o receberam em grande harmonia. Já de dentro da torre, naquela manhã que havia chegado ligeira, veio Radagast, sem seu cajado em mãos, ou sua espada na cintura, seu semblante era amistoso, seu sorriso gentil, e a luz que outrora habitava nos bosques o acompanhava, em meio a uma voz de muitos risos e alegria ele falou em tom alto se aproximando perto do portão:

- Se meus olhos não estão cansados o bastante, é o filho de Thranduil, senhor de Mirkwood. Seja bem-vindo a Rhosgobel, espero que não tenha esquecido do velho Aiwendil, amigo dos elfos-silvestres você é mais que bem recebido em meu lar, venha e se aproxime, chegou perto da hora do desjejum. E me dirá a que devo a ilustre visita.

Com isso o mago se aproximou totalmente, fez uma longa reverência, o cavalo do elfo foi levado para pastar pelos gramados verdes da torre, e o elfo pode se aproximar, Eluréd e Elurín foram preparar o desjejum que seria servido ao ar livre, e Hunnic fechou os portões, indo guiar o cavalo até o local perfeito para o mesmo.

Assunto: Re: Rhosgobel, Lar de Radagast Sex 11 Mar 2011, 6:33 pm

Assim que caminhavam ela pode ver nitidamente a silhueta da torre em contraste com céu, ainda sombreada pela noite tinha a impressão de que estava em meio a um mar de arvores igualmente escuras, e continuou com a idéia mesmo depois de passar pelos portões, tudo a noite parecia maior de alguma forma, com raízes compridas espalhadas e escondidas pelo chão, assim como também ainda não tinha visto animais de espécies tão distintas em um mesmo lugar, alguns deles nunca havia visto antes, e atentamente prestando atenção quando Radagast apresentava aquelas pessoas, fazia uma singela mesura de volta, pensando também que seus modos nãos estavam tão afiados quanto antes, mas era só retomar a pratica, depois das apresentações foi até um cômodo onde supostamente iria passar a noite, retribui o gesto de despedida e assim que a porta se fechou ela largou seus pertences de uma vez no chão perto da cama, arrumou uma roupa mais confortável e foi dormir, quando acordou, por alguns instantes pensou estar em casa

-Sonhando...?

Murmurou colocando o braço apoiado em cima dos olhos, quando o afastou não reconheceu onde estava, levantou e foi até a janela olhando para todas as direções vendo aquele mar de arvores de um verde escuro embora fosse uma manhã clara, já se lembrava do que havia acontecido algumas horas atrás, afastou-se para trás novamente analisando o lugar onde estava, captando os detalhes recolheu seus pertences do chão os arrumando e foi em direção a porta aproximando o ouvido para saber se havia alguém do lado de fora, não ouviu nada.

-Dormi na casa de alguém assim sem nenhuma cerimônia, agora não tenho coragem de sair...que vergonha!

Dizia em voz baixa enquanto procurava pensar em algo, então abriu a porta de vagar para não fazer barulho e espichou parte do corpo para fora olhando para uma direção qualquer pra conferir se estava vazio.

Assunto: Re: Rhosgobel, Lar de Radagast Sex 11 Mar 2011, 8:10 pm

*Pouco tempo após bater no portão de Rhosgobel, Legolas ouviu duas vozes familiares ordenando que os portões fossem abertos. O que aconteceu tão rápido que Legolas chegou a dar um pulo para trás.
Assim que os portões foram abertos, Legolas fora recebido pelos filhos gêmeos de Dior. Ele sentiu uma felicidade enorme ao rever os velhos amigos. Enquanto foram em direção a torre, houveram comprimentos e felicitações, cheio de olás e ois, como vai e como estão.
Quando Legolas entrou pela porta da torre e a manhã começou a desenrolar o seu manto crepúsculo, ele teve o tão esperado reencontro com Radagast, que estava com um semblante amistoso, desarmado até mesmo sem o seu cajado.
Então Legolas ouvindo atentamente as palavras e vendo a reverência de Radagast, disse:*
- Caro Radagast,
*disse fazendo uma grande reverência*
- Venho para revê-lo e também para obter alguns conselhos. Pelo que vi e ouvi durante minha viagem com meu amigo Gimli, a terra-média tem andado muito tranquila durante esses tempos, o que não acho que seja bom. Ambos sabemos que o mal nunca dorme, e sempre está aprontando ciladas e trapaças. Gostaria de saber como vão as coisas por esses lados, e se você viu ou ouviu algo estranho.
*E enquanto dizia essas palavras, Legolas demonstrava sua enorme preocupação.*

Assunto: Re: Rhosgobel, Lar de Radagast Sex 11 Mar 2011, 11:03 pm

OFF: Lindos posts.

Assunto: Re: Rhosgobel, Lar de Radagast Sex 11 Mar 2011, 11:07 pm

Dentro da torre, enquanto a jovem abria lentamente a porta para transitar pelos corredores, foi ouvido o eco distante de passos ligeiros pelos mesmos, vindo de um distante quarto da região do lado leste da torre, vinha Bëren, trajado em vestimentas de seda finos, fechado por um colete de couro marrom-escuro, trazia um livro em mãos que retinha como leitura, uma das relíquias trazidas de viagens provavelmente, enquanto lentamente caminhava pelo corredor onde o quarto da jovem se encontrava, havia percebido a presença da mesma saindo de seu quarto e ouvido isso desde que colocara o pé para fora de sua instalação, ele a ouviu transitando em seu quarto, sua voz apenas soou pelo corredor como um eco, mesmo quando não podia ser visto, ele disse a mesma em palavras altas, doces e bem claras:

- A senhorita está com medo de alguma coisa? Ou a fome é tanta que deseja ser sorrateira?

O jovem rapaz elfo logo em seguida surgiu no corredor, sorria gentilmente e de forma esperta, enquanto observava o semblante da menina humana.

Agora do lado de fora da torre, o mago caminhava com o jovem elfo em direção a uma enorme mesa de madeira grossa, onde ambos se sentaram para provarem do desjejum, o mago sentou-se na cadeira ao lado do príncipe élfico, ao ouvir suas palavras, sorriu gentilmente de início, e logo o sorriso havia ido embora de seu rosto com as palavras que se seguiram:

- Agradeço que honras a amizade e confiança de seu pai comigo. E fico feliz que você e Gimli dos anões, de Erebor tenham esquecido as antigas inimizades e estejam tendo uma amizade que deixa muitas a desejar. Isso é um fato, o mal vem dando falsas esperanças aos habitantes das Terras de Cá, desde os dias de seu tio-bisavô Elu Thingol e da Rainha Melian, em Beleriand. Porém, o mal era mais sombrio e funesto naqueles tempos, que eram bem piores que os dias de seu pai, Gil-Galad, Celebrímbor e Elendil, de Númenor. É verdade, Sauron foi derrotado, mas não vencido, sua torre derrubada, mas seus alicerces ainda estão lá, seus exércitos varridos porém reunidos novamente. Seus cavaleiros negros, os Nazgûl foram para as sombras, porém retornaram ao mundo, a sombra de Dol Guldur se estende novamente pelos bosques de Mirkwood, não como antes, mas mais malévola... Por trás dos portões de Mordor, nosso inimigo está reunindo forças, e por estas terras ele esta apenas procurando algo, algo de suma importância que os Sábios de Lórien pouco falam. E pouco eu descobri, mesmo com Saruman, de Isengard. Eu sei que os homens do sul estão numerosos, os senhores do Leste estão inquietos e se preparando para a guerra, no Norte... uma sombra se ergueu, uma sombra enorme, poderosa, Sauron a desconhece, pois é tão velha quanto ele. Os Beornings e as águias estão contendo os orcs das montanhas e da floresta que tentam maldades pelos cantos de cá. Mas toda a cautela é pouca, mestre elfo, o mal... está com força renovada, seu poder bélico está apenas se juntando novamente para uma última investida, e a força dos homens não suportará, Rohan está em decadência, Gondor fraca, os homens do norte esqueceram os terrores do mundo, salvo apenas pelos Guardiães do povo dos Dunedáin que protegem os mesmos. Os elfos, estão sumindo, partindo para os Portos, pelo caminho sob-o-mar para o Oeste, e não, não adianta recorrermos aos poderes de Lórien, Mithlond nem Imladris. Pois Círdan, o armador; Galadriel, a Rainha Branca, e Elrond, o meio-elfo não possuem mais o poder das guerras para lutarem.

Fez uma longa pausa para respirar um pouco após tantas palavras e continuou, em tom mais sério, grave e profundo como a sombra da noite:

- Eu digo a ti, não recorra nem a Saruman, de Orthanc. Pois este... ao meu ver, não está mais como o Branco, ele está reunindo forças, de homens para lutarem por suas causas, e poderes do mundo antigo... Poderes que haviam se banido e isolado de Valinor, e dos Senhores do Oeste. Eu a muito venho procurando Gandalf, o Cinzento meu primo, que sumiu em suas viagens pelo sul, dizem alguns que está morto, outros dizem que entrou em Mordor como Passalargo seu amigo, a procura de uma criatura.

Suspirou calma e tranquilamente diante de suas palavras, mantendo um olhar preocupado e distante na conversa:

Mas já que o mais sábio e poderoso abaixo de Curunnír está ausente, eu venho tentando reunir meus outros amigos, os outros magos; Alatar e Pallando, os Azuis que haviam ido para o leste e lá ficado, pelo que ouvi, foram para o sul, onde ganharam grande poder em meio aos sulistas, renome em Umbar, foram para Harondor, onde os Corsários e Númenorianos Negros ainda comentam muito de seus nomes. Dizem que vieram para Endor, mas eu perdi o rastro dos mesmos quando tentaram entrar em Minas Tirith e foram barrados. Depois eu os perdi, já os anões, eu venho ouvindo que estes estão reunindo suas forças, sussurram por Moria, falam de tesouros antigos, reis finados, coisas ocultas, assuntos escondidos que estão mantendo bem-guardados, eu temo que possam cair em uma armadilha de Sauron ou outro ser com intenções piores ainda... Fico imaginando em que posso ajudar tantos problemas, me sinto as vezes impotente comparado com Gandalf, ou os feitos de Saruman antes de ser tomado por loucura.

Olhou então na direção do Oeste, onde uma luz brilhante, com um vento suave e confortável vinha com o sol quase atingindo seu auge ao nascer, suas marcas de idade e preocupação apareciam, agora aparentava um senhor de enorme sabedoria, poder e magnitude, um homem que deveria usar uma coroa, mas por seu conhecimento e o coração humilde jamais suportaria o peso em sua cabeça.

Assunto: Re: Rhosgobel, Lar de Radagast Sáb 12 Mar 2011, 8:35 am

*Legolas após sentar-se, ouviu atentamente todas as palavras que Radagast dizia. Permaneceu sempre quieto, atento e pensativo.
Assim que Radagast disse sua última palavra, Legolas ficou imóvel, pensativo. Ele se sentia com o coração pesado depois de ouvir todas essas coisas.
Após um momento Legolas se tornou a Radagast com um olhar assustado e disse:*
- Uma sombra no Norte? Gandalf pode estar morto?
*então soltou um longo suspiro*
- Por mais que a gente espere e se prepare, sempre há uma grande tristeza em ouvir notícias ruims.
*Então parou por momento*
- Se Gandalf realmente tiver morrido, estaremos muito fracos para enfrentar tamanhos inimigos. Sem Gandalf o inimigo varrerá a Terra-Média e tudo que já foi bonito e bom nesse mundo acabará em sombras e fogo. Não podemos deixar isso acontecer. Por mais que não tenhamos forças suficientes para lutar pelos povos livres, devemos ao menos tentar.
- E quanto a Pallando e Allatar, porque foram barrados em Gondor? E que criatura é essa que fez com que Gandalf, se ele realmente estiver vivo, e Aragorn entrar nas terras de Mordor?
O que você aconselha que façamos, por onde começar com tantas dúvidas e ameaças?
*E dizendo isso olhou para Radagast, que aparentava um senhor de grande sabedoria, acumulada ao longo das eras da terra-média.

Assunto: Re: Rhosgobel, Lar de Radagast Sáb 12 Mar 2011, 1:04 pm

Assim que ouviu passos no corredor sua primeira ação foi fechar a porta imediatamente e esperar que fosse embora na intenção de que ninguém a visse, mas foi falha nessa ação, pois logo ouviu as palavras dirigidas e ela, não iria ficar calada fingindo não ouvir depois de ter certeza de que isso seria muito grosseiro da parte dela, suspirou abrindo a porta novamente colocando novamente parte do corpo para fora e logo no corredor via aquele mesmo rapaz de algumas horas atrás.

-Medo? Medo nenhum!

Respondeu prontamente parecendo que se não fizesse isso o que fato estava pensando seria percebido, agora também precisava lembrar melhor seu nome, não era problema já que também era o único daqueles elfos que tinha cabelos curtos, estalou os dedos com cara de pensativa, como se tivesse acabo de matar uma charada.

-Já lembrei de você...

Falou em tom baixo mais como se estivesse falando consigo mesma, voltou à postura normal avançando com pé pra fora do quarto.
-Bem dificilmente tenho fome de manhã, então não estava planejando surrupiar alguma coisa da cozinha...
Cruzava os braços olhando de canto, mas logo pensou que poderia estar sendo de novo mal educada, era isso que dava ficar tanto tempo longe pessoas, então pra se corrigir falou.

-...de qualquer forma, acho que devo dizer Bom dia...

E já que ele estava ali deveria aproveitar pra desengasgar o que estava pensando antes, sabendo eu não levaria a nada assim como também não iria poder ficar se escondendo naquele quarto pra sempre, ficou mirando sua sombra projetada na parede devido à claridade do sol que entrava pela janela ao fundo.

-Bem, sendo direta...o que poderia fazer pra pagar minha estadia aqui?

Perguntou de uma vez.

Assunto: Re: Rhosgobel, Lar de Radagast Dom 13 Mar 2011, 1:38 am

O elfo ouvia com um olhar entediado, cansativo e tedioso as palavras da jovem, pois parecia a ele que a mesma era um rato silvestre que se esgueira pelos corredores atrás de alimento, com medo do gato, porém quando a mesma pronunciou "Bom dia" o elfo imediatamente abaixou o livro da frente do rosto, com sua voz alegre, olhar gentil e jeito generoso e bondoso falou:

- Bom dia jovem senhorita! Sou Bëren, e tú?

Antes de ouvir o nome da mesma e ouvir suas palavras finais ele assentiu:

- Não cobramos nada por qualquer tipo de abrigo ou ajuda. Apenas sinta-se feliz aqui e aproveite ao máximo de Rhosgobel, aqui é um dos poucos e últimos lugares mágicos que homens podem entrar ainda, isso quando o encontram.

Soltou um riso alegre, jovial como o vento, observando com seus olhos a jovem moça humana.

Já o mago Radagast, sentado na conversa séria e decisiva com o elfo Legolas, manteve os olhos preocupados com suas grossas sombrancelhas, com sua voz baixa, mais animada e oculta, ele respondeu:

- Tem uma família de merros, parentes distantes de Carc, que sobrevoam em viagem desde as Montanhas Vermelhas até a grande Mirkwood, ou Fangorn, eles as vezes me trazem notícias aqui, em uma de suas vindas, eles me falaram de uma sombra no norte, provavelmente um vestígio da Grande Escuridão de Morgoth. Embora suas garras ainda não tenham chegado a arranhar Endor, dizem por aí que ele está morto, principalmente no Sul, embora eu acredite que sejam mentiras dos servos de Sauron... Gandalf e Passalargo estão ambos em caçada, não sei que criatura é, e nada pude ouvir sobre a mesma.

Fazendo uma pausa, ponderou um pouco em seus pensamentos e prosseguiu:

- Pallando e Alatar foram barrados porque são desconhecidos para aquele povo, ou talvez estranhos demais, em Minas Tirith eles são muito desconfiados... Mas Saruman nos traiu por suas causas, Gandalf sumiu, devemos então unir o poder de Pallando, Alatar e com o meu, os três juntos iremos nos comparar mesmo que de longe ao meu primo, ou ao Mago Branco. E você está certo mestre elfo, os homens não se renderão perante Mordor, os elfos não definharão sob Dol Guldur, e o Eriador não será tomado como quintal pelo Norte. Nós lutaremos, todos nós, elfos, homens, anões, animais pelo destino do Mundo inteiro. Sim, sim.

Seus olhos foram tomados por um fogo renovado, uma chama antiga das labaredas indomáveis das profundezas da terra, tocada em sua mente por uma luz pálida e brilhante do mais antigo candelabro do Oeste perdido. Com sua voz agora mais grave, lenta e grossa, tocada por coragem e bravura ele pronunciou:

- Devemos nos unir. Os homens podem cometer suas traições, os do leste, os da Terra-parda, os do sul e do norte, mas Rohan, Gondor, Dale, Carrocha e o Eriador não se renderão sem lutar até o último homem. Os elfos ainda são fiéis e poucos anões caíram nas sombras e conseguiram algo de lucrativo nisso... Dos cinco, dois estão indispostos, dois perdidos e um aqui está. Mas não vamos cair sem luta, nunca. Reforcemos as velhas alianças eu o digo mestre Legolas! Os elfos de Mithlond, Lórien e Valfenda não tem poder bélico? Mas tem a força da magia élfica! Os homens ainda são fortes, os elfos poderosos e os anões temidos, reforce as alianças com elfos, homens e anões! Os anões estão se reerguendo em grande poder, lembre-se deles mestre, lembre-se deles, e mande lembranças ao seu pai e meu conselho, se o permitir que eu o dê.

Falou levando seu olhar para o Oeste, que reluziu com suas palavras em uma luz quente, majestosa e poderosa da estrela do Sol, e o mago iluminado pela mesma, pareceu um senhor sábio dos mais antigos elfos, um grande senhor da coragem dos homens, cheio de poder, esplendor, mistério e magia verde como as folhas dos bosques o envolvendo. Aguardando as manifestação do príncipe dos elfos.

Assunto: Re: Rhosgobel, Lar de Radagast Dom 13 Mar 2011, 9:52 am

*Legolas fixou seu olhar em Radagast, e seus ouvidos concentrados no que o sábio mago dizia. Ao ouvir sobre a sombra do norte estremeceu. Ao fim das falas de Radagast, ficou um tempo em silêncio observando o Oeste. Sorrindo para Radagast, disse:*
- É claro que levarei os seus conselhos ao meu pai. Quem em bom juízo recusaria um conselho de Radagast, o castanho?
- Concordo com voce, devemos realmente unir as antigas alianças, apesar de crer que os anões não terão muita receptividade a minha visita e as minhas palavras. Sinto que devo ir a Minas Tirith buscar a aliança dos homens, apesar de estarem dispersos e sem líderes.
*Pausando mais uma vez, meio que tentando encontrar palavras mais apropriadas para dizer*
- Sei que não é muito educado pedir esse tipo de coisa, mas realmente estou em grande necessidade. Você permitiria que eu me ficasse em Rhosgobel para poder descansar e me prover para a longa viagem à Minas Tirith?
*Disse essa última um pouco desejeitadamente aos gaguejos*

Assunto: Re: Rhosgobel, Lar de Radagast Dom 13 Mar 2011, 3:20 pm

Ela permaneceu imóvel onde estava com uma das mãos segurando no batente da porta, ainda mirava a sombra na parede a sua frente enquanto ouvia-o terminar de falar.

-Sinto muito...apenas me senti estranha por ter passado a noite aqui, sem pensar que pudesse retribuir...

Então ergueu os olhos até Bëren, não demonstrando intimidação, embora não tivesse dito nada por algum tempo, passou a mão sobre os olhos como se quisesse afastar algo que não estava ali.

-Está certo! Aerin é o meu nome.

Disse amigavelmente com uma expressão mais suave, quase deixando a sombra de um sorriso aparecer em seu rosto, saiu de uma vez do quarto encostando brevemente a porta atrás de si depois de ouvi-lo falar sobre o lugar, Aerin sentiu uma pontada de ansiedade e felicidade que desconhecia, de fato até o dia anterior ela pensava estar em terras de ninguém, mas havia vindo parar em um lugar que dificilmente seria encontrado se estivesse procurando realmente, e como havia conseguido isso, nunca iria saber explicar, curvou os lábios em um sorriso singelo mais para si mesma com esses pensamentos talvez a mania de deixar seus pés a levarem sem rumo não fosse de todo ruim sentia isso, e por fim falou fazendo um cumprimento.

-Bom, é um prazer lhe conhecer...então acho que eu deveria ir dar uma olhada lá fora...

Assunto: Re: Rhosgobel, Lar de Radagast Seg 14 Mar 2011, 2:29 pm

O mago respondeu ao elfo com voz gentil e bondosa:

- Há homens bravos e aústeros ainda no mundo, como também há muita sabedoria entre os anões... Confie no coração dos mesmos mestre elfo e terás grandes resultados. E até qualquer eventualidade, podes ficar aqui em Rhosgobel como meu hóspede.

Os elfos gêmeos trouxeram bandejas com o necessário para o desjejum, o mago gentilmente pediu licença por um momento, partindo para caminhar pelos campos com pensamentos em sua mente, os elfos, homens sentaram-se a mesa para tomarem o desjejum juntamente ao príncipe dos elfos-silvestres.

[Logo lhe responderei jovem Aerin.]

Assunto: Re: Rhosgobel, Lar de Radagast Ter 15 Mar 2011, 11:03 pm

*Legolas recebeu com um sorriso a hospitalidade de Radagast, que logo após falar pediu licença se retirando do aposento. Legolas ficou a comer o desjejum (muito farto por sinal, com pães, hidromel, um pouco de vinho, frutas secas e queijo), onde quase nada falou.
Após o desjejum, Legolas foi guiado até o quarto onde lhe serveria de aposento. Legolas retirou suas armas do corpo e se banhou.
Logo após caiu na cama, demorando um pouco para adormecer, ainda pensando em suas conversas com Radagast.
Por fim adormeceu*

Assunto: Re: Rhosgobel, Lar de Radagast Sex 25 Mar 2011, 9:36 pm

Assim que terminou sua sentença saiu dali pelo mesmo corredor, lembrava-se em parte do trajeto embora fosse noite quando passou por ali, mas tão logo estava chegando ao lado de fora, deixando a porta por onde saíra para trás, passando por um lugar aberto foi até onde estavam as arvores adiante, não estava procurando algum lugar para ir de fato ,estava fazendo o que tinha se acostumado, deixando seus pés a levarem, passou por debaixo de algumas arvores grandes, grandes até demais pensou olhando para cima, e parecia que quase toda a volta daquele lugar era rodeado pela floresta, esticou os braços para cima espreguiçando-se enquanto seu caminhar era despreocupado mas ao mesmo tempo atento em saber onde pisava, imaginando que se levariam vários dias para se atravessar uma floresta como aquela, deu de ombros não tinha porque ficar pensando em distancias, era cedo ainda, passava agora caminhando em um pequeno bosque e nem percebeu quando entrou ali, parando um pouco pensando que havia se esquecido que haviam muitos animais ali apesar de que não desejava topar com nenhum maior que uma raposa, respirou fundo, o ar ali era mais denso e úmido com aquele aroma forte de floresta, teria voltado para trás quando percebeu que havia um som de água ali perto, ficou em silencio tentando adivinhar de qual direção vinha, e logo o seguiu até encontrar um filete de água que corria escondido em meio a vegetação, foi o seguindo até ver que ele se alargava e aprofundava um pouco mais a frente onde havia um lugar com menos arvores, Aerin parou ali agachando-se levou a mão até a água, gelada como suspeitava, e esta parecia escura olhando brevemente, mas se prestasse atenção poderia o fundo, mesmo até com alguns peixes pequenos lá, manteve o foco nisso como se procurasse ver algo mais quando percebia o sol começando a tremeluzir na superfície da água, voltou-se para trás olhando por sob o ombro dali podia ver a nitidamente torre através das poucas pequenas arvores do lugar onde estava, levantou saindo da sombra das arvores de volta de onde havia partido, pelo que parecia tinha muitos lugares ali, mas ela não estava favorecida de idéias para procurá-los, sentou-se então sob as raízes de uma arvore encostando-se nela, realmente confortável pensou, como não pretendia cometer erros como da ultima vez , olhando para cima disse.

-Bem com licença se importaria se eu me sentasse?...é que esse lugar é realmente grande então preciso de umas idéias antes.

[Tudo bem, e sorry por minha ausência]